Saiba como não ser inconveniente neste momento tão delicado na vida de uma família
Eu sempre soube que visitas às famílias que acabaram de ter um bebê são momentos delicados. A gente nunca sabe se deve ir à maternidade ou não. A minha dúvida acabou. Desde que minha filha nasceu, a regra é a seguinte: só visito o novo cidadão deste mundo depois que completar um mês de vida e, ainda assim, com ressalvas. A exceção: quando eu e a mãe somos muito íntimas e ela pede a minha presença (o pedido tem que ser por escrito e assinado). Abaixo estão nove dicas para não dar fora nessa situação:
- Informe-se antes de fazer a visita. Alguns casais preferem receber a família e os amigos na maternidade, onde há uma estrutura razoavelmente preparada para isso (recepcionista, enfermeira para levar o bebê quando o quarto está lotado, comida pronta, etc) e reservam as primeiras semanas do bebê em casa para um convívio íntimo, sem ter que fazer sala quando tudo, dos móveis aos sentimentos, parecem fora de ordem. Outros acham melhor ter os dois ou três dias de internação em tranquilidade para, depois, receber as visitas aos poucos, em casa. E, por mais que avisem sobre as escolhas com antecedência, tudo pode mudar depois do parto. Por esse motivo, é sempre bom ligar, mandar um SMS ou coisa do tipo antes de aparecer;
- Agende a visita. Onde quer que ela seja, deve ser marcada. Não é legal aparecer de surpresa e pegar a mãe saindo do banho ou o quarto cheio de outros estranhos que vieram fazer a mesma coisa que você;
- Seja breve. Meia hora é uma eternidade para quem está com os hormônios bombando em uma montanha-russa. O ideal é chegar, dar uma olhadinha no bebê, perguntar se está tudo bem e cair fora. E isso você pode fazer em quinze minutos;
- Não toque no bebê se a mãe não o convidar para isso. Por mais desencanada que uma mulher seja, depois que sua cria nasce, ela pode se transformar, acredite. Além do mais, um recém-nascido tem a imunidade sensível e há, sim, risco de contaminação;
- Lave as mãos assim que chegar. Todo mundo sabe, sobretudo depois das campanhas de prevenção à gripe, que as mãos estão entre os principais veículos dos germes. Um aperto de mãos pode estar carregado de vírus, bactérias e afins. E, como já disse no item anterior, o recém-nascido é mais susceptível a infecções porque tem um sistema imunológico ainda imaturo;
- Tome cuidado com os comentários e perguntas. O ideal é não expressar nenhum juízo. Um simples “Ah, não foi parto normal? Que pena…” pode devastar uma mulher que, apesar das tentativas, tenha tido uma cesárea;
- Não insista para ver o bebê. Recém-nascidos dormem e mamam o tempo todo e nem toda família acha normal que eles façam isso no meio de estranhos. Respeite e deixe para conhecer a pessoinha em outro momento;
- Escolha bem o presente. Nem todo presente é oportuno nesse momento. Chocolates, por exemplo, engordam e podem dar cólicas nos bebês. Se quiser uma ajudinha, dê uma olhada nas sugestões de regalos que postei há alguns dias;
- Se possível, deixe as crianças em casa. Nem sempre é possível garantir o silêncio, a ordem e a tranquilidade quando há uma criança animadíssima com a chegada do amiguinho novo ao mundo, certo? A situação é pior ainda quando eles têm (é normal!) ciúme. E é bastante desagradável ter de ficar dando bronca no seu filho em situações assim. Para o bem geral da nação, portanto, vá sem os pimpolhos.